Uma conversa de meia hora sobre Władysław Reymont, um romancista polaco, nascido em 1867 e falecido em 1925, que venceu o Prémio Nobel de Literatura de 1924. O seu trabalho mais importante é o premiado romance de quatro volumes "Chłopi", que em português significa "Os Camponeses". Que eu saiba, só estão editados em Portugal "Justiça!" e "Revolta".

Oiça aqui o podcast do programa sobre este autor que passou na Rádio Amparo, a webradio da paróquia de Benfica - Lisboa.

Uma conversa de meia hora sobre Wislawa Szymborska, uma poetisa e escritora polaca, nascida em 1923 em Bnin, nas cercanias de Kórnik, e falecida em Cracóvia em 2012, que foi galardoada com o Prémio Nobel de Literatura de 1996. Em Portugal estão editadas as coleções de poemas "Paisagem com Grão de Areia" e "Instante", ambas bilingues (Polaco e Português). Está também publicada a antologia "Uma Noite de Insónia" com poemas de Szyborska sobre animais e a antologia bilingue "Alguns Gostam de Poesia – Antologia" com poemas de Czeslaw Milosz e Wislava Szymborska.

Oiça aqui o podcast do programa sobre este autor que passou na Rádio Amparo, a webradio da paróquia de Benfica - Lisboa.

Uma conversa de meia-hora sobre Olga Tokarczuk, uma escritora nascida na Polónia em 1962, que recebeu o Prémio Nobel de Literatura de 2018, concedido em 2019 juntamente com o desse ano. Um dos seus livros mais conhecidos é "Conduz o Teu Arado Sobre os Ossos dos Mortos" (Prowadź swój pług przez kości umarłych).

Oiça aqui o podcast do programa sobre este autor que passou na Rádio Amparo, a webradio da paróquia de Benfica - Lisboa.

Uma conversa de meia hora sobre Isaac Bashevis Singer nascido provavelmente em 1902 em Leoncin, na parte da Polónia que então fazia parte do Império Russo, e falecido em Miami, nos EUA, em 1991. Foi um grande contador de histórias e o primeiro escritor judeu de língua Iídiche a ser galardoado com o Prémio Nobel de Literatura em 1978.

Ouça aqui o programa que passou na Rádio Amparo.

Uma conversa de meia hora sobra a vida obra de Henryk Sienkiewicz, que foi um prolífico romancista polaco, nascido em 1846 e falecido em 1916, que foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1905. A sua obra mais conhecida é “Quo Vadis”, popularizada pelo filme homónimo de 1951, do realizador americano Mervyn LeRoy, um dos filmes de maior sucesso na história do cinema.

Oiça aqui o programa que passou Rádio Amparo, a webradio da Paróquia de Benfica em Lisboa.

Comentário ao livro “JUSTIÇA!” de Wladyslaw Reymont

Ao que sei, este é o único livro de Wladislaw Reymont traduzido em Portugal, para além de um conto incluído numa antologia de contos polacos. E não é um dos seus livros mais famosos. Não se compreende que, por exemplo, “Chlopi” (que significa “Camponeses”), a sua obra-prima que lhe valeu o Prémio Nobel de Literatura, nunca tenha sido traduzido e publicado em Portugal, nem no Brasil. Também é difícil aceitar que “O Triunfo dos Porcos” de George Orwell seja tão lido em Portugal e o romance “Bunt” (A Revolta) de Reymont que o inspirou, seja desconhecido. Publicado cerca de quinze anos antes, é uma crítica ao regime comunista e descreve uma revolta de animais que tomam conta da sua quinta para introduzir a "igualdade", mas a revolta rapidamente degenera em abuso e terror sangrento, exatamente como no livro de Orwell.

Władysław Reymont foi um romancista polaco, nascido em 1867 e falecido em 1925, que venceu o Prémio Nobel de Literatura de 1924. O seu trabalho mais importante é o premiado romance de quatro volumes Chłopi (Os Camponeses).

Principais obras: "Pielgrzymka do Jasnej Góry" (1895), “Komediantka” (1895),“Fermenty” (1896), “Ziemia Obiecana” (1899), “Lili: żałosna idylla” (1899), “Chłopi” (4 volumes entre 1905 e 1908), “Wampir” (1911), a trilogia “Rok 1794” (1911 a 1917) - constituída pelos livros “Ostatni Sejm Rzeczypospolitej”, “Nil desperandum” e “Insurekcja” - e “Bunt” (1924). Contos e novelas: “Śmierć” (1893), “Suka” (1894), “Przy robocie” (1895), “W porębie” (1895), “Tomek Baran” (1897), “Sprawiedliwie” (Justiça!, 1899) e “Marzyciel” (1908).

Em Portugal, foi publicada somente, ao que julgo, a novela "Justiça!" em 1942 pela Editorial Inquérito. Há também o conto "Numa Casa de Outono" inserida na antologia "Contos Polacos".

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Wislawa Szymborska foi uma poetisa e escritora polaca, nascida em 1923 em Bnin, nas cercanias de Kórnik, e falecida em Cracóvia em 2012, que foi galardoada com o Prémio Nobel de Literatura de 1996.

Principais obras: “Dlagtego Zyjemy” (1952), “Wolanie Do Yeti” (1957), “Sól” (1962), “Wiersze Wybrane” (1964), “Sto Pociech” (1967), “Ludzie Na Moscie” (1986), “Koniec I Poczatec” (1993), Widok z ziarnkiem piasku (Paisagem com Grão de Areia, 1996) e “Chwila” (Instante, 2002).

Foram organizadas e editadas em Portugal as coletâneas de poesia "Alguns Gostam de Poesia – Antologia" com poemas dos poetas polacos Czeslaw Milosz e Wislava Szymborska e "Uma Noite de Insónia" com poemas de Szymborska. Estão ambas na minha estante, bem como os livros "Paisagem com Grão de Areia" e "Instante".

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Comentário ao livro “CONDUZ O TEU ARADO SOBRE OS OSSOS DOS MORTOS” de Olga Tokarczuk

Começo por alguns dados biográficos da autora, que me parecem pertinentes para entender melhor este livro. Olga Tokaurczuk nasceu quando a Polónia fazia parte do bloco de Leste e viveu as lutas pela independência e a implantação da democracia, e depois a queda da URSS e a destruição do muro de Berlim. Mas o mais importante para falar deste livro foi a sua infância passada no campo, pois os seus pais eram professores numa zona rural e passava as férias no campo com os avós. Era muito observadora e divertia-se a passear pelos campos, a tomar banho nos rios, a observar os camponeses, os animais selvagens e as plantas. Também gostava de ouvir os seus avós contavam-lhe histórias do passado da região e ver velhas fotografias de família. Mais tarde, depois de já ser uma escritora conhecida, Olga Tokarczuk adquiriu uma casa no vale polaco Kłodzko, onde vive uma parte do ano cercada pela natureza e tem oportunidade de aprofundar o seu interesse pela ecologia. Este local foi a inspiração para o cenário deste e de outros livros.

“Conduz o teu Arado sobre os Ossos dos Mortos” tem como personagem principal uma excêntrica idosa que foi engenheira de pontes e professora. Está agora aposentada e reside numa pequena aldeia no meio do campo. É um dos três únicos residentes permanentes, porque as restantes moradias pertencem a pessoas que só ali passam as férias do verão. Por isso, ela encarrega-se de ir vigiando diversas casas a pedido dos respetivos donos. Uma dessas casas pertence a uma escritora que ali passa sempre o verão, o que me pareceu uma evidente alusão de Olga Tokaurczuk a si própria.

Olga Tokarczuk é uma escritora de nacionalidade polaca nascida em Sulechów, na Polónia, em 1962, que recebeu o Prémio Nobel de Literatura de 2018, concedido em 2019 juntamente com o desse ano.

Principais obras: "Podróż ludzi księgi" (1993), "Prawiek i inne czasy" (Outrora e Outros Tempos, 1996), "Dom dzienny, dom nocny" (Casa de Dia, Casa de Noite, 1998), "Bieguni" (Viagens, 2007), "Prowadź swój pług przez kości umarłych" (Conduz o Teu Arado Sobre os Ossos dos Mortos, 2009), "Księgi Jakubowe" (2014) e a história infantil "Zgubiona dusza (A Alma Perdida, 2017).

O livros editados em Portugal são os que têm o título indicado nesta língua.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.