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Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Trilogia da Mão

Vibarao, 16.03.23

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Comentário ao livro “Trilogia da Mão” de Mário Cláudio

A “Trilogia da Mão” é um conjunto de três livros agora editados num volume só. Nesta trilogia, Mário Cláudio conta quatro histórias, não três. O primeiro livro é dedicado ao pintor Amadeo de Souza-Cardoso; o segundo à violoncelista Guilhermina Suggia; o terceiro à louceira artesanal de Barcelos Rosa Ramalha. Mas o interessante é que, ao longo dos três livros, corre uma quarta história passada na atualidade (note-se que os livros foram escritos no início da década de 80, sendo essa a atualidade – os primeiros anos do pós-25 de abril).

O mais interessante desta obra é exatamente esta quarta história da qual o próprio autor é personagem. Arriscaria mesmo dizer que as personagens centrais de cada um dos três livros são o pretexto para contar a história que percorre toda a trilogia e é, na verdade, a principal, diria mesmo, a única história que Mário Cláudio nos transmite.

 

Os Fidalgos da Casa Mourisca

Vibarao, 22.02.23

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Comentário ao romance “Os Fidalgos da Casa Mourisca” de Júlio Dinis

O enredo deste romance gira à volta de quatro personagens principais. D. Luís, o velho fidalgo da Casa Mourisca, está cada vez mais afundado em dívidas, vê a sua vida destruída por sucessivas tragédias, como a morte da mulher e da sua adorada filha mais nova, Beatriz. Tomé da Póvoa é o antigo caseiro de D. Luís, que conseguiu singrar na vida com muito trabalho e dedicação e hoje é um abastado agricultor honesto e honrado que faz a inveja do fidalgo. Jorge, o filho mais velho de D. Luís, é um jovem ponderado que sofre com a decadência da sua família e pretende inverter a situação e erguer novamente o nome da casa e da família e devolver-lhe a prosperidade. Berta, a filha de Tomé da Póvoa, é uma jovem elegante, virtuosa, de bons costumes que regressa a casa depois de ser educada na cidade de Lisboa e é afilhada do fidalgo da Casa Mourisca.

 

Os Maias

Vibarao, 31.01.23

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Comentário ao livro “Os Maias” de Eça de Queirós

Geralmente considerado a obra-prima de Eça de Queirós, “Os Maias” é o romance que termina uma trilogia de obras a que o próprio autor chamou “Cenas da vida portuguesa”: começa com “O Crime do Padre Amaro” (cenas da vida devota), seguido de “O Primo Basílio” (Cenas da vida doméstica), para terminar com “Os Maias” (Cenas da vida romântica). O autor procura nesta coleção caracterizar a sociedade da época, seja através da depravação dos membros do clero em “O Crime do Padre Amaro”, seja através dos ociosos que se dedicam a seduzir as mulheres dos outros em “O Primo Basílio” ou do artificialismo e o fingimento que perpassava através da sociedade da capital em “Os Maias”.

 

O adolescente ingénuo e “As Farpas”

Vibarao, 22.07.22

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Desde criança, fui sempre muito curioso e amigo de meter o nariz onde não era chamado. Teria eu quinze ou dezasseis anos, deparei-me um dia com uma pilha de livros e outros papéis velhos que tinham pertencido a um benemérito da minha aldeia, cuja habitação foi desocupada após a sua morte para ser transformada num hospital, de acordo com o seu testamento.

Eram preciosidades, mas eu desconhecia o seu real valor e, certamente, quem os despejou naquela cave também não sabia ou não lhe interessava saber. Infelizmente, tudo aquilo acabou queimado pelo jardineiro, de acordo com as ordens recebidas do executor testamentário.

 

 

José Saramago

Vibarao, 08.06.22

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José Saramago é um escritor português nascido em 1922 e falecido em 2010, que foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura de 1998. É o único autor português e também o único autor lusófono a receber tal Prémio até agora. A sua escrita inovadora caracteriza-se por um estilo oral conhecido como "saramaguiano", em que a vivacidade da comunicação é mais importante do que a correção ortográfica.

Principais obras: os romances "Levantado do Chão" (1980), "Memorial do Convento" (1982), "O Ano da Morte de Ricardo Reis" (1984), "A Jangada de Pedra" (1986), "História do Cerco de Lisboa" (1989), "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" (1991), "Ensaio Sobre a Cegueira" (1995), "O Homem Duplicado" (2002) e "A Viagem do Elefante" (2008); as crónicas "Deste Mundo e do Outro" (1971), "A Bagagem do Viajante" (1973) e "Os Apontamentos" (1976); as coletâneas de poesia "Os Poemas Possíveis" (1966) e "Provavelmente Alegria" (1970); as peças teatrais "A Segunda Vida de Francisco de Assis" (1987), "In Nomine Dei" (1993) e "Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido" (2005); os livros de contos "Objecto Quase" (1978) e "O Conto da Ilha Desconhecida" (1997); os livros de memórias "Cadernos de Lanzarote" - volumes I a V (1994); os livros infantojuvenis "A Maior Flor do Mundo" (2001), "O Silêncio da Água" (2011), "O Lagarto" (2016) e "Uma Luz Inesperada" (2021); o livro de viagens "Viagem a Portugal" (1983).

Tenho atualmente 51 livros de José Saramago.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

 

 

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