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Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

O Terceiro Chega em Maio

Vibarao, 10.10.22

O Terceiro Chega em Maio.jpg

Comentário ao livro “O TERCEIRO CHEGA EM MAIO” de António de Macedo

Como amante de fantasia, nomeadamente de sagas medievais baseadas em lendas e crenças esotéricas, cabalísticas e semelhantes, ando com vontade de ler o romance “Lovesenda ou o Enigma das Oito Portas de Cristal” de António de Macedo, publicado em 2017, alguns meses antes da sua morte, mas tal ainda não me foi possível. Surgiu agora este livrinho de contos da sua autoria e foi a oportunidade de matar a curiosidade sobre a escrita deste português que é conhecido mais como cineasta, mas foi também escritor, dramaturgo, contista, ensaísta, especialista em questões de esoterismo e amante de ficção científica, terror, fantástico e géneros semelhantes.

“O Terceiro Chega em Maio” é uma antologia de oito contos selecionados pelo autor, seis dos quais saíram entre 1997 e 2012 em publicações diversas, mas os contos “Uma História Romântica” e “Teia de Enganos” são inéditos e viram a luz do dia neste volume. São contos com temáticas muito variadas e enquadráveis em vários géneros, desde o fantástico e a ficção científica, ao horror e ao absurdo, passando pelo esotérico e o apocalíptico.

 

Skandar e o Roubo do Unicórnio

Vibarao, 29.06.22

Skandar e o Roubo do Unicórnio.jpg

Comentário ao livro “SKANDAR E O ROUBO DO UNICÓRNIO” de A. F. Steadman

Podem achar que não é um livro indicado para um “cota” como eu, mas estão muito enganados, porque o fantástico em geral é, desde sempre, um dos meus géneros preferidos. E estes subgéneros que envolvem magia, animais fantásticos, submundos, passados distantes ou futuros longínquos são dos que mais gosto. Não sei se acontece com as outras pessoas, mas vibro mais com os filmes do que com os livros. Será que a minha imaginação é muito fraca e não consigo recriar suficientemente na minha mente aquilo que estou a ler? Quando este livro for passado ao cinema, e acredito que será brevemente, tenho a certeza de que ainda vou gostar mais do que gostei de ler o livro.

 

 

O Jogo das Contas de Vidro

Vibarao, 07.05.22

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Comentário ao livro “O JOGO DAS CONTAS DE VIDRO” de Hermann Hesse

Hermann Hesse nasceu numa família de luteranos Pietistas que estiveram em missão na Índia. O Pietismo, nome derivado da palavra latina “pietas” que significa piedade, advoga a ligação pessoal do crente com Deus, desvalorizando o papel da Igreja como instituição intermediária entre Deus e o seu povo. Se pensarmos bem, é uma religião que tem alguma semelhança com religiões contemplativas, como o induísmo, o budismo e outras religiões orientais, com o pensamento dos estoicos da antiga Grécia ou até com algumas personalidades carismáticas dentro do cristianismo.

Este facto teve muita influência na vida de Hermann Hesse, que foi uma personalidade inquieta e insatisfeita, sempre em busca de uma nova forma de realização pessoal. Abandonou a religião da sua família muito novo e procurou novas crenças e novas formas de espiritualidade. Esteve algum tempo na Índia, onde contactou com as religiões orientais. Não conseguiu chegar longe na escolaridade, não conseguia viver muito tempo nos mesmos locais ou nas mesmas profissões, nem fazer opções políticas duradouras ou manter as suas relações amorosas. Dentro de si, havia uma constante luta entre duas forças antagónicas que se digladiavam.

Esta dualidade que o devorava manifesta-se em toda a sua obra e, de modo muito especial, neste fabuloso livro “O Jogo das Contas de Vidro” que levou 12 anos a escrever. A tentativa de o publicar na Alemanha em plena Segunda Guerra Mundial levou o autor a ser colocado na lista negra do regime Nacional-Socialista.

 

 

Assim Falou a Serpente

Vibarao, 02.05.22

Assim falou a serpente.png

Comentário ao livro “ASSIM FALOU A SERPENTE” de Luís Corte Real

Chegou o novo volume da saga de Benjamim Tormenta, o detetive português do oculto de finais do século XIX! Como não podia deixar de ser, encomendei em pré-venda e aguardei ansiosamente a sua chegada. O livro não defraudou as expetativas e, depois de lido sem grande atraso, mas com mais demora do que eu desejava, cá fica a minha opinião.

Assim Falou a Serpente” apresenta-nos um novo conjunto de contos ao género dos que preenchem o volume “O Deus das Moscas Tem Fome”, desta vez cinco, em vez de seis. Um deles é o contributo de um autor convidado, desta vez Luís Filipe Silva, o conhecido autor de ficção científica e fantasia. São três histórias curtas seguidas do texto do convidado, terminando com o prato forte, que é a história que dá o nome ao livro e ocupa metade do volume.

 

 

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