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Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Vozes de Chernobyl

Vibarao, 31.08.22

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Comentário ao livro “VOZES DE CHERNOBYL” de Svetlana Alexievich

Svetlana Alexievich, filha de pai bielorusso e mãe ucraniana, é uma jornalista que desenvolveu o género literário de não-ficção conhecido por “romances de vozes” e lhe valeu ganhar o Prémio Nobel de Literatura de 2015. Usa uma técnica de colagem de testemunhos individuais, de que resulta uma escrita situada a meio caminho entre a literatura e o jornalismo. Esta técnica permite aproximar mais o leitor da substância humana dos acontecimentos descritos, levando-o a sentir-se um observador quase participante desses acontecimentos.

O primeiro livro onde utilizou esta técnica foi “A Guerra Não Tem Rosto de Mulher” de 1985, escrito a partir de uma série de entrevistas a mulheres russas que participaram na Segunda Guerra Mundial. Este género literário continuou a ser usual nas obras de Svetlana Alexievich, nomeadamente este “Vozes de Chernobyl” dedicado à terrível catástrofe que foi o desastre de ocorrido nesta Central Nuclear.

 

Svetlana Alexievich

Vibarao, 31.08.22

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Svetlana Alexievich é uma escritora e jornalista bielorrussa nascida na Ucrânia em 1948, que foi galardoada com o Prémio Nobel de Literatura de 2015 e que criou um novo género literário de não-ficção designado por «romances de vozes».

Obras que a celebrizaram: У войны не женское лицо (U voyny ne zhenskoe litso, "A Guerra não Tem Rosto de Mulher", 1985), Последние свидетели: сто недетских колыбельных (Poslednie svideteli: sto nedetskikh kolybelnykh, "As Últimas Testemunhas: Cem histórias sem infância", 1985), Чернобыльская молитва (Chernobylskaya molitva, "Vozes de Chernobyl: Histórias de um desastre nuclear", 1997),Цинковые мальчики (Tsinkovye malchiki, "Rapazes de Zinco: A geração soviética caída na guerra do Afeganistão", 1991), Время секонд хэнд (Vremya sekond khend, "O Fim do Homem Soviético", 2013). Publicou também o livro Зачарованные смертью (Zacharovannye Smertyu, 1993, que não está editado em Portugal).

Todos os seus livros editados em Portugal estão na minha estante.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Baiôa sem data para morrer

Vibarao, 30.08.22

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Comentário ao livro “BAIÔA SEM DATA PARA MORRER” de Rui Couceiro

Desta vez, começo pelo fim e digo que foi um livro que me deu bastante prazer ler, por vários motivos. Tem uma escrita ligeira e levemente irónica, mas sem pretensões de ter graça só por ter. Deixa o leitor bem-disposto, sem procurar ser engraçada. Os capítulos são muito curtos, como se fossem uma recolha de crónicas publicadas num qualquer jornal ou revista; também faz lembrar um diário, como se o protagonista todos dias à noite se recolhesse no seu cantinho e passasse ao papel as experiências do dia.

No entanto, a história que está por detrás não tem nada de agradável, pois retrata a morte lenta de uma aldeia perdida nas campinas alentejanas. Morte dos seus últimos velhos, dos resistentes à emigração interna e externa, morte das casas, dos jardins, das ruas, até da ponte do rio, o único elo de ligação à civilização. E aqui é que está beleza deste livro de estreia. O autor conseguiu criar um texto vivo com uma história de mortos.

 

Sully Prudhomme

Vibarao, 29.08.22

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Sully Prudhomme foi um poeta francês nascido em 1839 e falecido em 1907, que foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura de 1901. Foi, portanto, o primeiro vencedor deste prémio literário que, mais de um século depois, continua a ser um dos mais conceituados de todo o mundo.

Principais obras: “Stances et Poèmes” (1865), “Croquis Italiens” (1866-68), “Les Épreuves” (1866), “Les Solitudes” (1869), “Impressions de la guerre” (1870), "Les Destins” (1872), “La Révolte des fleurs” (1872), “Les Vaines Tendresses” (1875), “La Justice” (1878), “L'Expression dans les beaux-arts” (1884), “Le Bonheur” (1888), “Réflexions sur l'art des vers” (1892), uma série de artigos sobre Blaise Pascal na Revue des deux Mondes (1890), “Le Problem des causes finales” em colaboração com Charles Richet (1902) e “La Vraie Religion selon Pascal” (1905).

Penso que não há qualquer livro de Prudhomme editado em Portugal.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Isso não pode acontecer aqui

Vibarao, 26.08.22

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Comentário ao livro “ISSO NÃO PODE ACONTECER AQUI” de Sinclair Lewis

Depois de ganhar o Prémio Nobel, Sinclair Lewis escreveu mais 11 romances, dez deles publicados ainda em vida. O mais lembrado deste período é “It Can't Happen Here” editado em 1935, que foi traduzido em Portugal com o título “Isso Não Pode Acontecer Aqui”.  O livro é uma distopia passada no futuro, quando o demagogo Berzelius ‘Buzz’ Windrip se tornou presidente dos EUA. Aconteceu aquilo que parecia nunca poder acontecer no país que é considerado o campeão da democracia, a eleição de um fascista como presidente dos Estados Unidos da América.

 

Sinclair Lewis

Vibarao, 26.08.22

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Sinclair Lewis nascido em 1885 e falecido em 1951, foi um escritor, dramaturgo e crítico norte-americano, galardoado com o Prémio Nobel de Literatura de 1930 e o primeiro natural das Américas a receber este prémio.

Principais obras: “Main Street” (Rua Principal, 1920), “Babbitt” (Babbitt, 1922), “Arrowsmith” (O Doutor Arrowsmith, 1925), “Elmer Gantry” (1927), “Dodsworth” (1929), “It Can't Happen Here” (Isto Não Pode Acontecer Aqui, 1935), “Kingsblood Royal” (1947).

Em Portugal, estão editados, além dos 4 acima indicados com o título em Português e que estão na minha estante, também "O Juiz Timberlane", que ainda não consegui adquirir.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Aí está a Feira do Livro de Lisboa

Vibarao, 24.08.22

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O mais importante, o mais desejado e o mais conhecido certame literário de Portugal é todos os anos a FEIRA DO LIVRO DE LISBOA. Penso que ninguém duvida. A edição deste ano vai ser a maior de sempre, com mais expositores, mais pavilhões e uma preocupação ecológica.

Regressa ao Parque Eduardo VII, de 25 de agosto a 11 de setembro, a Feira do Livro de Lisboa na sua 92ª edição. Pelo terceiro ano consecutivo, vai realizar-se em datas diferentes das habituais, mas voltará de novo à época pré verão em 2023, de acordo com as palavras do Presidente da APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros). Só não acontece já neste ano, devido aos desafios que a produção dos novos equipamentos trouxe.

 

Sigrid Undset

Vibarao, 22.08.22

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Sigrid Undset foi uma romancista norueguesa nascida em 1882, em Kallundborg, na Dinamarca, e falecida em 1949, em Lillehammer, na Noruega, que foi galardoada com o Prémio Nobel de Literatura de 1928.

Principais obras: 1907: "Fru Marta Oulie" (1907), "Den lykkelige alder"(Feliz Idade, 1908), "Fortællingen om Viga-Ljot og Vigdis" (Vigdis, a Indomável, 1909), "Jenny" (1911), "Vaaren" (Primavera, 1914), a trilogia "Kristin Lavransdatter" formada pelos romances "kransen" (A Coroa, 1920), "Husfrue" (A Esposa, 1921) e "Korset" (A Cruz, 1922), a tetralogia "Olav Audunssøn" publicada nos volumes "Olav Audunssøn i Hestviken" (1925) e "Olav Audunssøn og hans barn" (1927) e a biografia "Catarina de Sena" publicada postumamente em 1951.

Em Portugal, estão editadas "Feliz Idade", "Vigdis, a Indomável", "Primavera", os três volumes da trilogia "Kristin Lavransdatter" e a biografia de Santa "Catarina de Sena". Na minha estante, estão os 3 volumes da trilogia "Kistin Lavransdatter": "A Coroa", "A Esposa" e "A Cruz" e "Vigdis, a Indomável". Não me foi ainda possível encontrar os restantes, todos editados no nosso país nos anos 40 e 50 do século passado.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

 

 

Naufrágio

Vibarao, 19.08.22

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Comentário ao livro “NAUFRÁGIO” de João Tordo

Esta é a história de vida de um homem naufragado e das vidas que ele arrastou consigo para o abismo. Perante a iminência do afogamento, só lhe resta tentar manter-se à tona da água e esperar que alguém lhe lance uma boia e o salve da morte quase certa. De facto, alguém lhe vai deitar a mão e restituir a vida, mas é a última pessoa de quem ele podia esperar esse gesto: justamente a primeira que ele tinha atirado à água e julgava estar há muito afogada. Será possível existir alguém assim?

Claro que o parágrafo anterior é uma metáfora do tema do novo romance de João Tordo, que foi uma das leituras das minhas férias neste verão. A história tem como protagonista um escritor ao qual a inspiração faltou e começa assim: “Faz agora mais de dez anos que não escrevo.”

 

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