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Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Mudanças

Vibarao, 30.06.22

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Comentário ao livro “MUDANÇAS” de Mo Yan

"Mudanças" é uma novela do autor do grande romance “Peito Grande, Ancas Largas", o único livro editado em Portugal antes de lhe ser atribuído o Prémio Nobel de Literatura de 2012.

Na sinopse diz-se que se trata de um “romance disfarçado de autobiografia, ou vice-versa”. Eu preferia dizer que se trata de uma autobiografia disfarçada de novela, e não o contrário. Na verdade, ao ler este pequeno livro que se lê em duas ou três horas, encontrei uma memória do que conheço sobre a vida de Mo Yan na sociedade chinesa.

 

 

Mo Yan

Vibarao, 30.06.22

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Mo Yan é o pseudónimo de Guan Moye que nasceu em 1955 e é um dos mais famosos escritores chineses da atualidade, tendo sido galardoado com o Prémio Nobel de Literatura de 2012.

Principais obras (títulos que têm ou que poderiam ter em português): a antologia de contos 白狗秋千架 (Cão Branco e o Balanço) que inclui “Chuva numa noite de primavera” (o seu primeiro conto publicado em 1981); o romance 红高粱家族 “Sorgo Vermelho” (1987); o romance 丰乳肥臀 “Peito Grande, Ancas Largas”(1996), editado pela Ulisseia; a antologia 师傅越来越幽默 “Shifu, fazes tudo por uma boa risada” (2001) que inclui a novela “Mudanças”, editada pela Divina Comédia; e o romance 蛙 “Sapo” (2009).

Estão na minha estante ambos os livros editados em Portugal: "Peito Grande, Ancas Largas" e "Mudanças".

Veja o vídeo sobre a soa vida e obra aqui.

Skandar e o Roubo do Unicórnio

Vibarao, 29.06.22

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Comentário ao livro “SKANDAR E O ROUBO DO UNICÓRNIO” de A. F. Steadman

Podem achar que não é um livro indicado para um “cota” como eu, mas estão muito enganados, porque o fantástico em geral é, desde sempre, um dos meus géneros preferidos. E estes subgéneros que envolvem magia, animais fantásticos, submundos, passados distantes ou futuros longínquos são dos que mais gosto. Não sei se acontece com as outras pessoas, mas vibro mais com os filmes do que com os livros. Será que a minha imaginação é muito fraca e não consigo recriar suficientemente na minha mente aquilo que estou a ler? Quando este livro for passado ao cinema, e acredito que será brevemente, tenho a certeza de que ainda vou gostar mais do que gostei de ler o livro.

 

 

Morreram Pela Pátria

Vibarao, 29.06.22

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Comentário ao livro “Morreram pela Pátria” de Mikhail Sholokhov

Sholokhov foi um escritor russo apoiante do regime da URSS, contrariamente à generalidade dos escritores dissidentes mais conhecidos nos países do Ocidente, que ficou famoso pelas obras monumentais “O Don Tranquilo” e “Terras Desbravadas”.

Mas, pelo meio, Sholokhov foi escrevendo contos e novelas menos conhecidos, mas igualmente importantes. Um deles é a novela “Morreram pela Pátria”, editada em 1959. Neste pequeno livro, Mikhail Sholokhov narra a tragédia de um regimento russo quase completamente dizimado pelos alemães na Segunda Guerra Mundial, do qual sobrou uma pequena coluna comandada por um capitão, dado que todos os oficiais superiores tinham morrido.

 

 

Mikhail Cholokhov

Vibarao, 29.06.22

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Mikhail Cholokhov foi um romancista russo nascido em 1905 e falecido em 1984, autor de “O Don Tranquilo”, que foi decisivo para ser galardoado com o Prémio Nobel de Literatura de 1965.

Principais obras: "Donskie rasskazy" (Contos do Don, 1925); "Tikhi Don" (O Dom Tranquilo, 1928-1940); "Podnyataya tselina" (Terras Desbravadas, 1932-1960); "Sudba cheloveka" (O Destino de um Homem, 1957); "Oni Srazhalis Za Rodinu" (Morreram pela Pátria, 1959); "Sobranie sochineny" (Obras reunidas, 1956-1960).

Tenho na minha estante os 4 volumes de "O Dom Tranquilo", os 2 volumes de "Terras Desbravadas" e a novela "Morreram pela Pátria". Há em Portugal, pelo menos, "Contos do Don", uma coleção de contos, e "O Rio e a Guerra", uma novela, que espero vir a adquirir.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Homens de Milho

Vibarao, 28.06.22

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Comentário ao livro “HOMENS DE MILHO” de Miguel Ángel Asturias

Miguel Ángel Asturias é um escritor da Guatelama, que foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura de 1967. Na sua obra, ocupa-se especialmente de dois temas: a denúncia das atrocidades dos sucessivos ditadores que dominaram a política no seu país; e as tradições, lendas e costumes dos povos indígenas da Guatemala e países limítrofes, especialmente do México e das Honduras, o território dos povos índios pré-colombianos da região, os Maias.

Este livro, geralmente considerado a obra-prima de Miguel Ángel Asturias, insere-se no segundo grupo, os que tratam temas da mitologia indígena. O estilo utilizado pelo autor, usual neste grupo de obras, é conhecido por realismo fantástico, sendo “Homens de Milho” um dos romances típicos deste estilo. A história descreve a rebelião de um grupo de índios que é dizimado pelo exército, ao tentar defender a sua montanha sagrada.

 

 

Miguel Ángel Asturias

Vibarao, 28.06.22

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Miguel Ángel Asturias foi um escritor e diplomata guatemalteco nascido na Cidade da Guatemala em 1899 e falecido em Madrid em 1974 que foi galardoado com o Prémio Lenin da Paz em 1965 e com o Prémio Nobel de Literatura em 1967.

Principais obras: "Leyendas de Guatemala" (Lendas da Guatemala, 1930), "El Señor Presidente" (O Senhor Presidente, 1946), "Hombres de maíz" (Homens de Milho, 1949), "Viento fuerte" (Furacão, 1950), "El Papa verde" (O Papa Verde, 1954), "Week-end en Guatemala" (Fim de semana na Guatemala, 1956), "Los ojos de los enterrados" (1960) e "El Espejo de Lida Sal" (O Espelho de Lida Sal, 1967).

Tenho, ao que julgo, todos os livros editados em Portugal (os que acima têm nome em português).

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

O Herói Discreto

Vibarao, 27.06.22

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O HERÓI DISCRETO de Mario Vargas Llosa

Este sim, é um livro à Llosa! Começa com duas histórias, aparentemente sem qualquer relação, qual delas a mais rocambolesca.

Uma passa-se em Piura, uma pequena cidade de província, e tem como personagem principal Felícito Yanaqué, um respeitável cidadão proprietário de uma empresa de camionagem que mais não ambiciona do que o anonimato e continuar a dirigir o seu negócio.

A outra passa-se em Lima, a capital, e tem como personagem principal Rigoberto um velho e dedicado funcionário de uma companhia de seguros que espera a aposentação para breve, a fim de poder fazer a viagem à Europa com que sonhou a vida toda.

Mas, inesperada e subitamente, tudo se complica.

 

 

Maurice Maeterlinck

Vibarao, 27.06.22

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Maurice Maeterlinck foi um dramaturgo, poeta e ensaísta belga de língua francesa nascido em Gante em 1862 e falecido em Nice, na França, em 1949, galardoado com o Prémio Nobel de Literatura de 1911. Maeterlinck foi o principal expoente do teatro simbolista.

Principais peças de teatro: La Princesse Maleine (1889), L'Intruse (1890), Les Aveugles (1890), Les Sept princesses (1891), Pelléas et Melisande (1892), La Mort de Tintagiles (1894), Alladine et Palomides ((1894), Intérieur (1894), Aglavaine et Sélysette (1896), Monna Vanna (Monna Hanna, 1902), L’Oiseau bleu (1908), Le Bourgmestre de Stilmonde (1919), Le Miracle de Saint Antoine (1920) e Le grand secret (1921). Outras obras: Le Trésor des humbles (1896), La Sagesse et la destinée (1898), Vie des Abeilles (A Vida das Abelhas, 1901), L'Intelligence des Fleurs (1910), La Mort (A Morte, 1913), La Vie des Termites (1927) e La Vie des Fourmis (A Vida das Formigas, 1930).

Tenho os quatro livros de Maeterlinck acima referidos com o título em português, todos editados há muitos anos. A única peça de teatro é "Monna Hanna", que é uma curiosa edição feita em Angola.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Elogio da Madrasta (e outros)

Vibarao, 26.06.22

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Comentário ao livro “ELOGIO DA MADRASTA” (e outros com ele relacionados) de Mario Vargas Llosa

Estes poderão não ser os livros mais famosos de Llosa, mas são um conjunto de obras belas, arejadas e que vão deixar muito bem-disposto quem se dispuser a lê-las. Estou a falar de “Elogio da madrasta” (1988), “Os cadernos de Dom Rigoberto” (1997), “O Barco das Crianças” (2014) e “Fonchito e a Lua” (2020). Como se vê, abrangem um vasto lapso de tempo na vida e na escrita do autor, sendo o último a sua mais recente obra. Pelos vistos, ele mesmo se apaixonou pela personagem central, a tal ponto que teve de voltar a ela ciclicamente.

E esta personagem central é “Fonchito” ou “Foncho” ou “Alfonchito”, tratamento familiar de uma criança chamada “Alfonso”, filho de Dom Rigoberto e enteado de Dona Lucrécia. Dom Rigoberto era um bem-sucedido gestor de seguros que enviuvou, ficando responsável pelo seu único filho de cinco anos de idade. Casou em segundas núpcias com Dona Lucrécia, uma senhora mais nova e muito bonita, ao contrário dele, que não devia muito à beleza, especialmente o seu nariz “rotundo e aquilino” que ele, no entanto, considerava “muito sensível, tuberoso e ornamental”.

 

 

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