Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

Os Meus Nobel

Aqui encontra informação sobre a vida e a obra de grandes escritores, galardoados com o Prémio Nobel de Literatura ou não, minhas recensões de livros, textos de minha autoria e notícias literárias

A Honra Perdida de Katharina Blum

Vibarao, 29.04.22

A Honra Perdida de Katharina Blum.jpg

Comentário ao livro “A Honra Perdida de Katharina Blum” de Heinrich Böll

“A Honra Perdida de Katharina Blum” foi o primeiro livro de Heinrich Böll depois de receber o Prémio Nobel. Foi rapidamente adaptado ao cinema, tendo obtido assinalável êxito. É um pequeno romance que se lê rapidamente, tem um número reduzido de personagens, capítulos muito curtos e uma escrita corrente e fácil de ler. O autor pretendeu neste livro mostrar como qualquer um de nós, por mais honesto, por mais pacífico, por mais humilde e amigo de ajudar os outros que seja, pode ser levado a praticar os mais horríveis crimes, se a sua honra for posta em causa.

 

 

Heinrich Böll

Vibarao, 29.04.22

Heinrich Böll.png

Heinrich Böll, nascido em 1917 e falecido em 1985, foi um tradutor e escritor alemão, e uma das mais emblemáticas figuras da literatura alemã do pós-segunda guerra mundial, também chamada literatura dos escombros. Mais conhecido como romancista, foi também autor de contos, poesias e peças teatrais. Foi laureado com o Prémio Nobel de Literatura de 1972.

Principais obras (Título da tradução portuguesa): "E não disse nem mais uma palavra" (1953); "Casa Indefesa" (1954); "Bilhar às nove e meia" (1959); "Retrato de grupo com senhora" (1971); "A Honra Perdida de Catarina Blum" (1974). Editada também em Portugal a antologia de contos "Os Hóspedes Inesperados" (Arcádia, 1973).

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

LeV – Literatura em Viagem - 16ª Edição

Vibarao, 28.04.22

LEV.jpg

Ao fim de duas edições em formato online e híbrido, o LeV – Literatura em Viagem regressa ao modo presencial na casa que o viu crescer, a Biblioteca Municipal de Matosinhos. Este ano, a novidade é o LeVzinho, com viagem marcada ao mundo dos pequenos leitores nas escolas do concelho e programação infantil durante o festival. É de 11 a 15 de maio.

Ler é sempre uma viagem que só termina com o desfecho de um livro. Mas temos sempre outros livros. Novas geografias, mais prováveis ou improváveis, palpáveis ou poéticas, sempre à medida de cada imaginação. Foi com este propósito, o de celebrar a literatura de viagem ou as viagens que a literatura inspira, que nasceu o LeV – Literatura em Viagem, um festival que vagueia pelo universo da narrativa, pelo mundo e submundo das palavras e pelas grandes questões da atualidade.

 

 

Harry Martinson

Vibarao, 26.04.22

Harry Martinson.png

Harry Martinson foi um escritor e poeta sueco, nascido em 1904 e falecido em 1978, que recebeu o Prémio Nobel de Literatura de 1974, juntamente com o seu compatriota Eyvind Johnson, uma atribuição que levantou muita controvérsia, por ambos fazerem parte do júri.

Principais obras: Poesia: "Spökskepp" (1929), "Nomad" (1931, "Passad" (1945), "Aniara" (1956); Romance: "Vägen Till Klockrike" (1948); Ensaio: "Verklighet Till Döds" (1940).

O único livro de Martinson que me parece ter sido editado em Portugal é a pequena seleção de poemas "Comboio Camuflado" publicada pela Dom Quixote imediatamente após vencer o Prémio Nobel.

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Velhice descansada

Vibarao, 25.04.22

Pastor.jpg

“Nesta mesma noite, entregarás a tua Alma.” (Jesus Cristo, LC. 12, 20).

João Pitágoras nasceu numa pequena Aldeia muito antiga da Beira Baixa. As suas casas eram de granito, pedra abundante na região e os telhados de colmo de centeio. Agora chamam-lhe Aldeia Histórica e está integrada num roteiro de aldeias de pedra. Mas, naquele tempo, a vida era muito difícil. Manuel Pitágoras, pai de João Pitágoras, era pastor e ganhava uns míseros vinte e cinco escudos por mês em dinheiro, para guardar e ordenhar as oitenta ovelhas e quarenta cabras, que compunham o rebanho do patrão. Ganhava também as “comedias”1, como era uso, que a patroa media à sua Maria no final de cada mês.

O que era isto para alimentar cinco filhos? Valia-lhe a pequena horta que o patrão lhe autorizava a fazer, na qual produzia couves, alfaces, feijão e batatas. As duas filhas mais velhas, Maria do Céu com nove anos e Maria do Carmo com sete, guardavam os irmãos mais pequenos, tratavam das galinhas e ajudavam a mãe na horta.

 

Harold Pinter

Vibarao, 25.04.22

Harold Pinter.png

Harold Pinter foi um ator, diretor, poeta, roteirista, e indubitavelmente um dos grandes dramaturgos do século XX, além de destacado e incómodo ativista político britânico, nascido em Londres em 1930 e falecido também em Londres em 2008, que foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 2005.

Peças de teatro mais importantes: "The Room" (1957), "The Birthday Party" (1957); "The Caretaker" (1959) e "Betrayal" (1978). Guiões de cinema: The Servant (1963) e "The French Lieutenant's Woman (1981). Poesia e prosa: "Poetry" (1950), o seu primeiro livro, e "Collected Poems and Prose" (1991).

Algumas obras editadas em Portugal: "Os Anões" (The Dwarfs, Publicações Dom Quixote, 2006), o seu único romance; "Várias Vozes" (Various Voices, Quasi Edições, 2006); "War/Guerra" (Edição bilingue, Quasi Edições, 2003), poesia; "Teatro I (Relógio D'Água Editores, 2002) e Teatro II (Relógio D'Água Editores, 2002)", uma coletânea de peças de teatro e cinco sketches estreados em palco ou na rádio; "A Teia" uma coleção de três discursos (Dinossauro, 2006)..

Veja o vídeo sobre a sua vida e obra aqui.

Águas Passadas

Vibarao, 21.04.22

Águas Passadas.jpg

Comentário ao livro “ÁGUAS PASSADAS” de João Tordo

Este sim é um thriller! Confesso que, neste aspeto, gostei muito mais deste do que de “A noite em que o Verão acabou”. Note-se que aquele é também um grande policial, mas é uma história muito mais soft.

“Águas passadas” apresenta crimes horrorosos, assassinos frios e ferozes, cenas de grande atrocidade e serial killers implacáveis. Desenvolve temas que tocam a sensibilidade dos leitores, como a pornografia infantil, a chantagem e a vingança.

 

O Drama de João Barois

Vibarao, 19.04.22

O Drama de João Barois.png

Comentário ao livro “O DRAMA DE JOÃO BAROIS” de Roger Martin du Gard

Escrito quando o autor tinha pouco mais de trinta anos de idade, “O Drama de João Barois” não é uma obra com o estofo e a dimensão de “Os Thibault” que começou a publicar dez anos mais tarde e cujos oito volumes demoraram perto de vinte anos a escrever e a publicar, mas foi o seu primeiro grande sucesso.

Este romance conta a história de João Barois desde criança até à sua morte. Filho de um reputado médico estabelecido em Paris, João Barois foi criado na província pela avó paterna, até que esta morreu, passando depois a ficar a cargo de uma família amiga que o acabou de criar. A mãe de João Barois tinha uma saúde muito frágil e morreu quando ele era muito pequeno. Também João era frágil como a mãe e teve graves problemas pulmonares, mas acabou por se curar, crescer e ir para Paris, onde se formou em medicina e também em ciências. Acabou por ter uma vida semelhante à do pai, sempre ocupado com a sua profissão e com o convívio com os seus amigos progressistas.

 

 

Porto Editora apoia integração de crianças ucranianas nas escolas portuguesas

Vibarao, 19.04.22

criança ucraniana.jpg

Porto Editora já ofereceu mais de 1700 livros escolares a alunos ucranianos. Campanha estende-se à atribuição de licenças gratuitas de acesso à Escola Virtual. Até hoje foram cedidas centenas de acessos digitais.

No início de março, a Porto Editora lançou uma campanha massiva para ajudar as comunidades educativas a responderem ao desafio de integração dos alunos ucranianos, refugiados de guerra.

 

 

Os Peixes Também Sabem Cantar

Vibarao, 19.04.22

Os peixes também sabem cantar.jpg

Comentário ao livro “OS PEIXES TAMBÉM SABEM CANTAR” de Halldór Laxness

Reiquiavique, a capital da Islândia, não era no início do século XX mais do que um pequeno povoado à beira-mar, numa zona excecionalmente quente daquele país gelado, devido às muitas fontes termais da região. A Islândia não era independente e fazia parte da Dinamarca, que ali tinha instalado um governo mais ou menos autónomo, controlado pelos comerciantes dinamarqueses que ali se estabeleceram e exploravam especialmente as pescas (do bacalhau e não só), mas também a agricultura, a lã dos rebanhos de ovelhas, o enxofre das termas e outras atividades. O povo islandês ansiava pela independência e começaram a formar-se grupos de resistência.

Estes temas são magistralmente narrados por Halldór Laxness em obras como “Gente Independente”, “O Sino da Islândia” e “Os Peixes Também Sabem Cantar”. “Gente Independente” é um conjunto de dois livros publicados em Portugal num só volume cujo tema é a vida dos criadores de ovelhas explorados; “O Sino da Islândia” é uma trilogia, também editada em Portugal num só volume, que põe a tónica na luta pela independência, ao narrar a história de um homem condenado por roubar a corda de um sino, a fim de impedir que este fosse levado para Copenhaga; “Os Peixes Também Sabem Cantar” tem como pano de fundo a pobreza dos pescadores islandeses, cuja vida começa a perigar quando os dinamarqueses iniciam a exploração das pescas com recurso a barcos grandes e com novas tecnologias.

 

 

Aviso

© Todas as publicações são propriedade do autor. Proibida a sua reprodução total ou parcial não autorizada.

Pág. 1/4